quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aquecimento global pode destruir 85% da Amazônia, aponta estudo britânico

Com aumento de 4 graus, destruição seria irreversível, segundo pesquisa.
Floresta demora mais para responder ao aquecimento do que se pensava.
Do Globo Amazônia, em São Paulo

Não só o desmatamento praticado pelo homem ameaça a Amazônia: cientistas britânicos apresentaram nesta terça-feira (10) um estudo segundo o qual 85% da floresta amazônica pode desaparecer se a temperatura do planeta subir 4 graus centígrados. A informação foi divulgada por sites de jornais ingleses como “The Times” e “The Guardian”.

No caso de uma elevação de apenas 2 graus - aumento que é tido como inevitável por boa parte da comunidade científica ainda neste século -, 40% da Amazônia deve desaparecer, calculam os pesquisadores do Centro Hadley do Escritório de Meteorologia do Reino Unido, uma das principais instituições de pesquisa de mudanças climáticas do país.



Pôr do sol sobre o Rio Amazonas fotografado por um astronauta da Nasa. (Foto: Observatório da Terra/Nasa)

No caso de um aumento de 3 graus, a seca decorrente poderia destruir 75% da maior floresta tropical do mundo. A previsão é baseada em modelos desenvolvidos por computador. A principal novidade, reporta a imprensa britânica, é que os modelos sugerem que a floresta sofre as conseqüências do aquecimento global de forma mais lenta do que se pensava – pode demorar até um século para que um aumento de temperatura destrua determinado pedaço de vegetação.

“Um aumento de temperatura acima de 1 grau já implica em perdas futuras na floresta amazônica. Mesmo a comumente citada meta de 2 graus já compromete entre 20% e 40% de perda. Em qualquer escala de tempo, deveríamos ter a perda de floresta na Amazônia como irreversível”, disse Chris Jones, segundo nota do “Guardian”. O estudo foi apresentado numa conferência sobre aquecimento global em Copenhague, na Dinamarca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário