sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ministério do Meio Ambiente - MMA oferece 200 vagas para Analista Ambiental

Ministério do Meio Ambiente - MMA oferece 200 vagas para Analista Ambiental

O Ministério do Meio Ambiente (MMA - www.mma.gov.br), torna pública a realização de Concurso Público para provimento de 200 vagas no cargo de Analista Ambiental da carreira de Especialista em Meio Ambiente - CEMA.
O concurso será executado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB).
Sobre as inscrições:
Será admitida a inscrição somente via Internet, no endereço eletrônico www.cespe.unb.br, solicitada entre as 10h00 do dia 6 de dezembro de 2010 e 23h59 do dia 27 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lançado o livro "Biodiversidade no Pantanal de Poconé" sobre pesquisas de biodiversidade na Grade Pirizal no Pantanal do Poconé

O livro é uma compilação de estudos realizados na Grade Pirizal entre 2005 e 2009 e reúne pela primeira vez para uma mesma área do Pantanal informações sobre a densidade de espécies de plantas, artrópodes de solo, anfíbios (sapos, rãs e pererecas), pequenos mamíferos (roedores, marsupiais e morcegos), aves, invertebrados aquáticos e peixes. Escrito em uma linguagem destinada a não-especialistas, o livro pretende fornecer informações de boa qualidade para subsidiar as tomadas de decisão pela sociedade, além de ser uma referência para pesquisadores e estudantes sobre a utilização do sistema de grades para estudos de biodiversidade, uma das primeiras a ser instalada fora da Amazônia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Colégio Ibero Americano aula de ciências

Colégio Ibero Americano aula de ciências




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Anfíbios

Um site super interessante sobre os bichos que eu amo http://www.naturalhistory.com.br/

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Transdisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Multidisciplinaridade


Transdisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Multidisciplinaridade


Prof. Fernando Cardona – professorcardona@gmail.com
Fevereiro 2010
Introdução
O papel da escola, mais precisamente do ensino e da educação, sempre foi e sempre será questionado através dos tempos.Questionar-se-á não sobre a sua necessidade e importância na vida dos indivíduos, uma vez que estes temas já foram amplamente discutidos e esgotados por diversos grupos durante a história. Questionar-se-á sempre se esta, a escola, tem servido ao seu papel sociológico, propósito central, de "cunhar" indivíduos preparando-os para se posicionarem como seres sociais integrados e adaptados à convivência em grupo, à sociedade, agindo como participantes no desenvolvimento do todo. Ainda, não somente como membros destes grupos capazes de se interrelacionarem com seus entes, mas como membros qualitativos capazes de somar através de suas habilidades e conhecimentos.
Ao pontuarmos a escola, e suas responsabilidades, como algo focado na "formatação" de indivíduos para serem inseridos em grupos sociais perceberemos, claramente, de que o desafio aqui proposto para a escola é, indubitavelmente, complexo e dinâmico. Dinâmico pelo fato de se estruturar sobre um conjunto de regras e padrões, os sociais, que se apresentam em constante mudança, reflexo do próprio processo evolutivo social de cada era na qual se viverá; Complexo pelo fato de exigir de si mesma a necessidade de capacitar o indivíduo a observar a sociedade, seus problemas, relacionamentos e saberes de uma forma dinâmica, interligada, completamente dependente de causas e efeitos nas mais diversas áreas, do saber do conhecimento ao saber do relacionamento, permitindo assim, e somente assim, que estes possam ser formados com as habilidades necessários, acima descritas, para ocuparem sua posição dentro desta sociedade.
Diante do entendimento da complexidade na qual estamos inseridos percebe-se a necessidade da implantação de um raciocínio horizontalizado complementar para o estabelecimento do saber. O estudo dos problemas através de uma comunicação horizontalizada se faz necessário no intuito de maximizar o "produto social final" esperado das escolas, e mais do que isso, para a busca da democratização real do conhecimento através da libertação do pensamento, da visão e do raciocínio crítico na formação do saber individual seja ele de quem for.
Currículo e as disciplinas
O questionamento se inicia ao analisarmos a estrutura atual na qual estão inseridas as escolas e centros de pensamento crítico-criativo, os centros de ensino superior.Umas das primeiras barreiras encontradas para a implantação de um pensamento horizontalizado na construção do conhecimento esta na estrutura do currículo.
Saviani [Saviani, 2003] é categórico quando apresenta os posicionamentos de autores como Apple e Weis sobre o currículo. Para estes o foco central na estruturação do currículo esta na concretização do monopólio social sobre a sociedade através do campo educacional. Apple prossegue afirmando que esta ferramenta será estruturada através de regras não formalizadas que constituirão o que ele mesmo denominou de "currículo oculto".
Berticelli (Berticelli, 2003) e Moreira e Silva(Moreira e Silva, 1995)não destoam de Saviani ao indicar que o currículoé um local de "jogos de poder", de inclusões e exclusões, uma arena política.
Na busca da prática da horizontalização do pensamento e do estudo a presença do currículo como selecionador de conhecimentos pré-definidos se constitui como uma ferramenta castratória que limita o docente a mero reprodutor de conhecimento. São verdadeiros instrumentos que tolem o processo crítico-criativo necessário ao entendimento contextualizado e multifacetado das problemáticas presentes na vida real.
A presença do currículo formal como ferramenta norteadora do processo de ensino-aprendizado institui a fragmentação do conhecimento trazendo ao discente uma visão completamente esfacelada do item analisado e desta forma impossibilitando uma compreensão maior de mundo, de sociedade e de problemática estudada.
Em busca de uma solução Silva (Silva, 1999) propõe o abandono do currículo padrão, pré-definido utilizado atualmente, para a adoção do "currículo da sala de aula". Este, construído no trabalho diário do docente e do seu relacionamento com o meio na busca pela compreensão multifacetada da realidade vivenciada do aluno. Seria a instituição da relação dialógica real entre o professor e o aluno na construção do saber.
Na construção deste currículo informal, mas real, extraído das páginas da realidade do aluno Fazenda indica a necessidade da dissolução das barreiras entre as disciplinas buscando uma visão interdisciplinar do saber "que respeite a verdade e a relatividade de cada disciplina, tendo-se em vista um conhecer melhor" (Fazenda,1992)
Surge então a necessidade de reformular o modus operandiestabelecido através da re-análise das atuais temáticas e conseqüentemente propondo uma visão horizontalizada para a analise e pesquisa dos temas apresentados no dia-a-dia do discente surgem a multidisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
Multidisciplinaridade
A multidisciplinaridade é a visão menos compartilhada de todas as 3 visões. Para este, um elemento pode ser estudado por disciplinas diferentes ao mesmo tempo, contudo, não ocorrerá uma sobreposição dos seus saberes no estudo do elemento analisado. Segundo Almeida Filho (Almeida Filho, 1997) a idéia mais correta para esta visão seria a da justaposição das disciplinas cada uma cooperando dentro do seu saber para o estudo do elemento em questão. Nesta, cada professor cooperará com o estudo dentro da sua própria ótica; um estudo sob diversos ângulos, mas sem existir um rompimento entre as fronteiras das disciplinas.
Como um processo inicial rumo à tentativa de um pensamento horizontalizado entre as disciplinas, a multidisciplinaridade institui o inicio do fim da especialização do conteúdo. Para Morin (Morin, 2000) a grande dificuldade nesta linha de trabalho se encontra na difícil localização da "via de interarticulação" entre as diferentes ciências.É importante lembrar que cada uma delas possui uma linguagem própria e conceitos particulares que precisam ser traduzidos entre as linguagens.
Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade, segundo Saviani (Saviani, 2003) é indispensável para a implantação de uma processo inteligente de construção do currículo de sala de aula – informal, realístico e integrado. Através da interdisciplinaridade o conhecimento passa de algo setorizado para um conhecimento integrado onde as disciplinas científicas interagem entre si.
Bochniak (Bochniak, 1992) afirma que a interdisciplinaridade é a forma correta de se superar a fragmentação do saber instituída no currículo formal. Através desta visão ocorrem interações recíprocas entre as disciplinas. Estas geram a troca de dados, resultados, informações e métodos.Esta perspectiva transcende a justaposição das disciplinas, é na verdade um "processo de co-participação, reciprocidade, mutualidade, diálogo que caracterizam não somente as disciplinas, mas todos os envolvidos no processo educativo"(idem).
Transdisciplinaridade
A transdisciplinaridade foi primeiramente proposta por Piaget em 1970 (PIAGET, 1970) há muitos anos, contudo, só recentemente é que esta proposta tem sido analisada e pontualmente estudada para implementação como processo de ensino/aprendizado.
Para a transdisciplinaridade as fronteiras das disciplinas são praticamente inexistentes. Há uma sobreposição tal que é impossível identificar onde um começa e onde ela termina.
"a transdisciplinaridade como uma forma de ser, saber e abordar, atravessando as fronteiras epistemológicas de cada ciência, praticando o diálogo dos saberes sem perder de vista a diversidade e a preservação da vida no planeta, construindo um texto contextualizado e personalizado de leitura de fenôminos". (Theofilo, 2000)
A importância deste novo método de analise das problemáticas sob a ótica da transdisciplinaridade pode ser constatada através da recomendação instituída pela UNESCO em sua conferência mundial para o ensino Superior (UNESCO, 1998).
Nicolescu (Nicolescu, 1996) formula a frase: "A transdisciplinaridade diz respeito ao que se encontra entre as disciplinas, através das disciplinas e para além de toda adisciplina". A esta ultima colocação entende-se "zona do espiritual e/ou sagrado".
Conclusão
O indivíduo do terceiro milênio esta exposto a problemas cada vez mais complexos. Estes podem estar ligados a própria complexidade do inter-relacionamento dentro da sociedade humana ou através do grau de especialização atingido pelo conhecimento científico da humanidade.
O fato é que o ser social deste novo milênio, caracterizado pela era da informação, do avanço tecnológico diuturno, da capacidade de interconexão em rede e de outras propriedades que caracterizam os paradigmas que constituem essa nova era, precisa encontrar na escola, seu ente social para a formação, o aparato técnico-científico-social capaz de o "cunhar" para a sua participação social.
Diante de paradigmas tão dispares quanto os que são vivenciados hoje pela humanidade, a necessidade de se repensar o processo de ensino-aprendizagem atual se faz necessário. Continuar com o processo pedagógico-histórico atualmente instituído nas escolas e centros de estudo acadêmico é somente comparável com a geração de indivíduos, e conseqüentemente, de uma sociedade, intelectualmente analfabeta e limitada.

Bibliografia:
[Saviani, 2003] -  Saviani, Nereide. Saber Escolar, currículo e didática: problemas da unidade conteúdo/método no processo pedagógico - 4 edição - Campinas, SP; Autores Associados, 2003
[Berticelli, 2003] BERTICELLI, Ireno Antonio. Currículo: tendências e filosofia. In: COSTA, Marisa Vorraber (Org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
[Moreira e Silva, 1995] MOREIRA, Antonio Flávio, SILVA, Tomaz Tadeu  Currículo, cultura e sociedade. São Paulo. Cortez, 1995.
Silva, Tomaz Tadeu da. (1999). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica.
FAZENDA, I. C. A Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou
ideologia? São Paulo.Loyola, 1992.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 13. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1996

ALMEIDA FILHO, N. Transdisciplinaridade e Saúde Coletiva. Ciência & Saúde Coletiva. II (1-2), 1997.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar e reforma, reformar o pensamento.
Rio de Janeiro: Bertrand, 2000.

PIAGET, J. Problemas gerais da investigação interdisciplinar e mecanismos comuns.
Tradução Maria Barros. Paris: Bertrand, 1970.

BOCHNIAK, Regina. Questionar o conhecimento: interdisciplinaridade na escola. São Paulo: Loyola, 1992.  147p.

Theophilo, Roque. A transdisciplinaridade e a modernidade.  Disponível em: http://www.sociologia.org.br/tex/ap40.htm. Acesso em 24/02/2010.

UNESCO. Déclaration mondiale sur l'enseignement supérieur pour le XXIe siècle et Cadre d'action prioritaire pour le changement et le développement de l'enseignement supérieur. In: Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, 1998, Paris.

PIRES, M.F.C. Reflexões sobre a interdisciplinaridade na perspectiva de integração entre as disciplinas dos cursos de graduação. In: Revista do IV Circuito PROGRAD: As disciplinas de seu curso estão integradas? UNESP. São Paulo, 1996.

NICOLESCU, Basarab. O manifesto da transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 2001. Coleção Trans.

NICOLESCU, Basarab. La transdisciplinarité, manifeste, Paris: Éditions du Rocher, Collection "Transdisciplinarité", 1996.

Da Silva, Ítalo Bastista. Uma pedagogia multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar para o Ensino/Aprendizagem de Física. Disponível em http://www.ufmg.br/congrext/Educa/Educa173.pdf. Acesso em 24/02/2010

Brito, jorge Sousa. Cultivar a atitude transdisciplinar  saber pensar desta forma. Disponível em http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net/file.php/1/Artigos_dos_membros_da_Rede/Cultivar_a_atitude_transdisciplinar_e_saber_pensar_desta_forma_-_Jorge_Souza_Britto.pdf. Acesso em 25/02/2010

Fundación Instituto de Ciencias del Hombre. Los temas transversales del currículo. Disponível em http://www.oposicionesprofesores.com/biblio/docueduc/LOS%20TEMAS%20TRANSVERSALES%20DEL%20CURRICULO.pdf. Acesso em 24/02/2010

Alves, Fernanda; Reinert José. Percepção dos coordenadores dos cursos de graduação da UFSC sobre a multidisciplinaridade dos cursos que coordenam. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/aval/v12n4/a07v12n4.pdf. Acesso 23/02/2010

Garrutti, Érica; Santos, Simone. A interdisciplinaridade como forma de superar     a fragmentação do conhecimento. Disponível em http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/ric/article/viewFile/92/93. Acesso em 24/02/2010.

Luedy, Eduardo. Batalhas culturais: educação musical, conhecimento curricular e cultura popular na perspectiva das teorias críticas em educação. Disponível em http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista15/revista15_artigo10.pdf. Acesso 24/02/2010

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Transdisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Multidisciplinaridade publicado 19/03/2010 por Fernando Vilas Boas Cardona em http://www.webartigos.com



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