sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nascem nos EUA primeiros macacos feitos a partir de células-tronco



Animais são 'quimeras', ou seja, união de dois ou mais indivíduos num só.
Pesquisadores têm estudado células para tratar doenças como Parkinson.

Do G1, em São Paulo
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Cientistas do Centro de Primatas da Universidade de Ciências da Saúde de Oregon (OHSU), nos EUA, anunciaram o nascimento dos primeiros macacos híbridos, fruto de uma combinação de células-tronco de seis diferentes embriões. O estudo será capa da revista "Cell" na edição de 20 de janeiro.
Os animais da foto se chamam Roku e Hex, e há outros deles, classificados pelos pesquisadores como "quimeras", ou seja, a união – em um só indivíduo – de duas ou mais populações de células com origem em diferentes zigotos (resultado da junção do gameta feminino com o masculino).
O nome quimera vem da mitologia grega e caracteriza uma figura com cabeças e corpo de leão, cabra, serpente ou dragão – a representação dela variou ao longo do tempo.
Macacos (Foto: Oregon Health & Science University/AFP)Roku e Hex são fruto de combinação de células-tronco (Foto: Oregon Health & Science University/AFP)
Até agora, os roedores haviam sido os únicos animais com os quais foram feitas quimeras, para estudar como genes modificados interferem em uma série de condições, como obesidade, problemas cardíacos, ansiedade, diabetes e mal de Parkinson.
Os cientistas da OHSU têm estudado o uso de células-tronco para tratar doenças e já fizeram descobertas importantes que podem ajudar a explicar o que essas células são capazes de fazer ou não.
Segundo o pesquisador Shoukhrat Mitalipov, experimentos envolvendo células-troncos em primatas ainda estão em fase inicial no mundo, e a equipe americana escolheu os macacos para traçar um paralelo e entender melhor como funciona esse processo em humanos. O objetivo é que, no futuro, a medicina possa usar esse conhecimento para o desenvolvimento de órgãos e tecidos maduros e funcionais.
A OHSU cultiva células-tronco em laboratório e espera que um dia elas estejam prontas para se transformar em células maduras, como neurônios, e tecidos para serem usados em transplantes. Novas técnicas para manter essas células como as originais ainda devem ser projetadas, de acordo com Mitalipov.

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