quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Por que os buracos da camada de ozônio ficam nos pólos?


por Viviane Palladino
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Essa dúvida faz sentido: se os maiores lançadores de gases que detonam a camada de ozônio são os países do hemisfério norte, por que o rombo maior fica sobre a Antártida? Simples: as moléculas desses gases maléficos são carregadas para os pólos por correntes de ar poderosas, que viajam do Equador em direção aos extremos do globo. Por causa desse fenômeno natural, os pólos se tornam depósitos naturais de gases que têm vida longa - como o CFC, o clorofluorocarboneto, principal destruidor da camada de ozônio (você confere o efeito maléfico do CFC no infográfico ao lado). Sem a camada de ozônio na alta atmosfera, entre 20 e 35 quilômetros de altitude, o ser humano fica vulnerável aos efeitos nocivos dos raios ultravioleta que vêm do Sol. Eles podem causar, por exemplo, um aumento na incidência dos casos de câncer de pele. Os cientistas detectaram pela primeira vez um buraco na camada de ozônio na década de 1980. Hoje, há um buraquinho sobre o Pólo Norte e um buracão de 28 milhões de km2 (mais de 3 vezes o tamanho do Brasil!) sobre o Pólo Sul. Para diminuir o problema, 180 países já aderiram ao Protocolo de Montreal, um acordo para reduzir a fabricação de produtos que tenham CFC e outros gases destruidores da camada de ozônio. O esforço tem dado certo: nos últimos 10 anos, a velocidade de destruição da camada vem diminuindo. Mas os cientistas calculam que serão precisos 50 anos para a camada se regenerar por completo.

Um comentário:

  1. Este blogue tem sempre uns apontamentos muito educativos. Estamos sempre aprendendo, não é Luís?

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