"Não podemos enganar a todos, todo tempo" (Abraham Lincoln)
Pois o ínclito Prof. Raw estava quase conseguindo desancar o velho Abrahão.
Senão, pontuemos:
1. Ao assumir a Fundação Butantan (anos 1990), em reunião coletiva chama os velhos funcioná¡rios de bêbados e vagabundos, e diz que dali em diante a Fundação teria ordem.
2. Em 1994, em conluio com Ilka Fleuri, descarta milhares (MILHARES!) de livros da biblioteca do Butantan para reciclagem. Denunciado pelo jornal da USP (p.6 de 28/11/1994), fala que era "papel velho" e outras sandices. [caso triste, amplamente conhecido e criticado por todos no Instituto]
3. Em 1995 fecha a linha de produção de vacina contra gripe, cuja pesquisadora fez estágio no exterior. Disse que a vacina era feita em ovo e dava alergia.
4. Lá por 1995 tenta fechar o serviço de atendimento aos picados (Hospital Vital Brazil), mas, pela repecussão na mídia de então, recua.
5. Em 1996 tenta transferir cavalos da fazenda São Joaquim, em São Roque, para o Butantan. Houve rumores de que alugaria a fazenda (500 alquieres) para haras. Recua, novamente pela ação da mídia
6. Em 1997 foi afastado da diretoria do Butantan por ter completado 70 anos (aposentadoria compulsória), fato que só ocorreu cerca de três meses após o prazo, pois ele se dizia não ser funcionário publico e que podia permanecer no comando. Por ação parlamentar do então deputado Pedro Dalari, foi exonerado.
7. No ano 2000, com a introdução da vacina da gripe sazonal no calendário de vacinas, fez-se convênio com um laboratório francês para repasse de tecnologia em cinco anos versus reserva de mercado pelo período de transição. A vacina, importada, era envasada no Butantan. No rótulo dizia ser indústria nacional. MAS ATÉ HOJE A VACINA É IMPORTADA!
8. Inúmeras aparições na mídia prometendo vacina pra dengue, leishmaniose, gripe etc e tal. NADA ACONTECEU.
9. Alardeia, a partir da crise da gripe N1H1, a fabricação de vacinas no Brazil. NADA ACONTECEU - A VACINA TAMBÉM É IMPORTADA
10. Para não cansá-los, vou parando. Mas voltarei.
João Luiz Cardoso - 36 anos de ofício no Instituto Butantan.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
Florestas em perigo
Florestas em perigo
Olá,
Você acredita que o agronegócio é o responsável por revisar o Código Florestal Brasileiro? Por mais absurdo que isso pareça, é o que vem acontecendo no congresso.
Um grupo de ruralistas está tentando destruir a legislação ambiental, reduzindo dramaticamente o tamanho das reservas ambientais. Isso lhes daria o direito de cortar 30% mais árvores na Amazônia e daria anistia a crimes ambientais. Nós precisamos mostrar nossa indignação e dizer a eles que o Brasil precisa de mais preservação, e não de desmatamento! Assine a petiçåo para salvar o Código no link abaixo:
http://www.avaaz.org/po/salve_
Obrigado!
domingo, 23 de maio de 2010
Quanto tempo sem postar
Eu tenho andando super ocupado.. rsrs ... primeiro estudando muito e eu e o Zé neto construimos o muro da minha casa ...
terça-feira, 4 de maio de 2010
Política Ambiental no Brasil à beira do abismo
As entidades signatárias manifestam sua forte preocupação com a atual conjuntura da política ambiental brasileira, que se agrava ainda mais pela situação de descaso por que passam os servidores públicos federais ambientais (MMA/IBAMA/ICMBio/SFB) cujas reivindicações merecem nosso apoio. Tal situação constitui a derradeira e inequívoca evidência de que presenciamos uma crise inaceitável na política socioambiental brasileira.
As evidências de que o projeto de crescimento econômico fomentado pelo governo federal ruma na contra mão do desenvolvimento sustentável são inúmeras e graves. Vejamos:
1) Até agora o executivo federal não se posicionou de forma clara, pública e firme contrário ao movimento de flexibilização generalizada da nossa legislação federal sustentado - em dezenas de audiências públicas recentes - por representantes governistas da bancada ruralista no Congresso Nacional. Dentre as proposições em curso que visam desconstituir algumas das principais garantias legais pós-Constituição de 1988 destacamos:
I - a desfiguração do código florestal com propostas de anistia generalizada para consolidar o uso econômico de desmatamentos ilegais em áreas protegidas ou de risco (Reservas legais e áreas de preservação permanente);
II - propostas para enfraquecer o Zoneamento Ecológico-econômico como instrumento de planejamento fundamental para promoção da sustentabilidade retirando do próprio governo federal o controle sobre a sua qualidade e consistência;
III – proposta para eliminar o poder normativo do CONAMA, órgão de primeira importância do Sisnama por garantir a participação, legitimidade e transparência no desenvolvimento de normas e parâmetros técnicos ambientais;
IV – proposta para suprimir a prerrogativa do executivo de criar unidades de conservação, obrigando a sua homologação pelo legislativo.
2) A aprovação na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2009, de dispositivo no Projeto de Lei Complementar (12/09) que suprime o poder supletivo do órgão ambiental federal para o exercício da fiscalização, portanto, de cobrir a eventual omissão dos órgãos ambientais estaduais, comprometendo significativa o controle dos desmatamentos e conseqüentemente o controle federal sobre o cumprimento das metas de redução de CO2 contidas na Política Nacional de Mudanças Climáticas.
3) O não lançamento até hoje, pela Casa Civil da Presidência da República, da revisão do Plano Nacional de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia, revisão esta iniciada no primeiro semestre de 2008.
4) A defesa exaltada e publicitária de um Programa de Aceleração do Crescimento 2 pautado fundamentalmente em obras de infra-estrutura altamente impactantes e despidas de avaliação ambiental integrada e estratégica.
5) A insistência na aprovação, inclusive com pressão política exercida sobre técnicos do órgão de licenciamento ambiental federal, de obras de infra-estrutura comprovadamente anti-econômicas e flagrantemente causadoras de graves impactos socioambientais, como a UHE – Belo Monte, no Pará, e a rodovia BR 319, no Amazonas, cortando o coração da Amazônia.
6) As manifestações autoritárias na mídia por parte de representantes do Tribulan de Contas da União e da ABIN desrespeitosas às organizações da sociedade civil que questionam legitimamente no judiciário obras irresponsáveis para com os recursos públicos, os direitos socioambientais e nossos recursos naturais.
E por fim,
7) a recusa do executivo federal em cumprir acordo firmado com servidores das carreiras ambientais federais induzindo com isso a evasão de técnicos qualificados do setor ambiental para outros órgãos públicos melhor estruturados e remunerados ou setores privados o que comprometerá sobremaneira a já pouco estruturada política ambiental brasileira.
É vital o fortalecimento institucional dos órgãos responsáveis pela implementação das políticas e legislação ambientais o que não acontecerá sem um tratamento sério e responsável às legítimas demandas dos seus servidores e da sociedade civil.
O tratamento anti-isonômico e de 2ª categoria conferido às carreiras ambientais nos órgãos federais precisa ser revisto e as demandas apresentadas merecem ser atendidas no curtíssimo prazo.
A omissão do poder executivo federal em relação ao flagrante ataque à nossa legislação socioambiental em curso no Congresso Nacional é também inaceitável cabendo aos líderes políticos do governo federal, em especial o Presidente Lula defender a implementação da legislação em vigor.
Em 28 de abril de 2010, assinam
Grupo de Trabalho Amazônico
Rede de Ongs da Mata Atlântica
Apremavi
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Fundação SOS Mata Atlântica
Imazon
Inesc
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
Instituto Socioambiental
Instituo Centro de Vida
Kanindé
As evidências de que o projeto de crescimento econômico fomentado pelo governo federal ruma na contra mão do desenvolvimento sustentável são inúmeras e graves. Vejamos:
1) Até agora o executivo federal não se posicionou de forma clara, pública e firme contrário ao movimento de flexibilização generalizada da nossa legislação federal sustentado - em dezenas de audiências públicas recentes - por representantes governistas da bancada ruralista no Congresso Nacional. Dentre as proposições em curso que visam desconstituir algumas das principais garantias legais pós-Constituição de 1988 destacamos:
I - a desfiguração do código florestal com propostas de anistia generalizada para consolidar o uso econômico de desmatamentos ilegais em áreas protegidas ou de risco (Reservas legais e áreas de preservação permanente);
II - propostas para enfraquecer o Zoneamento Ecológico-econômico como instrumento de planejamento fundamental para promoção da sustentabilidade retirando do próprio governo federal o controle sobre a sua qualidade e consistência;
III – proposta para eliminar o poder normativo do CONAMA, órgão de primeira importância do Sisnama por garantir a participação, legitimidade e transparência no desenvolvimento de normas e parâmetros técnicos ambientais;
IV – proposta para suprimir a prerrogativa do executivo de criar unidades de conservação, obrigando a sua homologação pelo legislativo.
2) A aprovação na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2009, de dispositivo no Projeto de Lei Complementar (12/09) que suprime o poder supletivo do órgão ambiental federal para o exercício da fiscalização, portanto, de cobrir a eventual omissão dos órgãos ambientais estaduais, comprometendo significativa o controle dos desmatamentos e conseqüentemente o controle federal sobre o cumprimento das metas de redução de CO2 contidas na Política Nacional de Mudanças Climáticas.
3) O não lançamento até hoje, pela Casa Civil da Presidência da República, da revisão do Plano Nacional de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia, revisão esta iniciada no primeiro semestre de 2008.
4) A defesa exaltada e publicitária de um Programa de Aceleração do Crescimento 2 pautado fundamentalmente em obras de infra-estrutura altamente impactantes e despidas de avaliação ambiental integrada e estratégica.
5) A insistência na aprovação, inclusive com pressão política exercida sobre técnicos do órgão de licenciamento ambiental federal, de obras de infra-estrutura comprovadamente anti-econômicas e flagrantemente causadoras de graves impactos socioambientais, como a UHE – Belo Monte, no Pará, e a rodovia BR 319, no Amazonas, cortando o coração da Amazônia.
6) As manifestações autoritárias na mídia por parte de representantes do Tribulan de Contas da União e da ABIN desrespeitosas às organizações da sociedade civil que questionam legitimamente no judiciário obras irresponsáveis para com os recursos públicos, os direitos socioambientais e nossos recursos naturais.
E por fim,
7) a recusa do executivo federal em cumprir acordo firmado com servidores das carreiras ambientais federais induzindo com isso a evasão de técnicos qualificados do setor ambiental para outros órgãos públicos melhor estruturados e remunerados ou setores privados o que comprometerá sobremaneira a já pouco estruturada política ambiental brasileira.
É vital o fortalecimento institucional dos órgãos responsáveis pela implementação das políticas e legislação ambientais o que não acontecerá sem um tratamento sério e responsável às legítimas demandas dos seus servidores e da sociedade civil.
O tratamento anti-isonômico e de 2ª categoria conferido às carreiras ambientais nos órgãos federais precisa ser revisto e as demandas apresentadas merecem ser atendidas no curtíssimo prazo.
A omissão do poder executivo federal em relação ao flagrante ataque à nossa legislação socioambiental em curso no Congresso Nacional é também inaceitável cabendo aos líderes políticos do governo federal, em especial o Presidente Lula defender a implementação da legislação em vigor.
Em 28 de abril de 2010, assinam
Grupo de Trabalho Amazônico
Rede de Ongs da Mata Atlântica
Apremavi
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Fundação SOS Mata Atlântica
Imazon
Inesc
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
Instituto Socioambiental
Instituo Centro de Vida
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